Conheça seu relógio!

Você conhece bem seu relógio? Sabe que tipo de mecanismo ele usa? Sabe como cuidar dele?

Existem dois tipos mais comuns de relógios de pulso: o mecânico e o eletrônico, que costumamos chamar de “quartz” ou “quartzo”. O relógio mecânico é aquele movido por ação de uma mola chamada de corda e tem como característica seu som de “tictac”. Ele pode ser de corda manual, ou seja, daquele tipo que necessita que se dê corda todos os dias pela coroa, ou pode ser do tipo automático, cuja corda é carregada automaticamente com o movimento do nosso pulso. Já o relógio a quartzo usa uma bateria para gerar a energia que conta o tempo e move os ponteiros.

Qual a diferença entre os dois tipos?

O mecânico é o tipo clássico de relógio, cuja tecnologia, desenvolvida há mais de dois séculos, ainda é usada. Hoje ele é considerado até uma joia, que pode ser passada de uma geração para outra e pode durar mais de cem anos, se bem cuidado. Ele envolve um alto nível de cuidado em sua produção, com muitos processos manuais, feitos por empresas com tradição secular. A corda provê energia a uma série de engrenagens que propelem um dispositivo chamado “escapamento”. O escapamento, em conjunto com o balanço, é o responsável por marcar o tempo corretamente, controlando a velocidade de giro das engrenagens, que chamamos tecnicamente de “rodas”. O balanço, no relógio de pulso, faz o papel do pêndulo dos antigos relógios de parede, ou seja, mantendo uma oscilação numa frequência conhecida e controlável. A mola chamada de “espiral” promove o vai e vem do balanço, e pode ser regulada para atingir a precisão necessária.

Suas vantagens são:

  • possui em geral um nível de qualidade superior;
  • carrega maior valor em termos de tradição e engenhosidade humana;
  • agrega maior status ao proprietário;
  • desvaloriza menos ao longo do tempo, e em alguns casos, até valoriza-se;
  • pode durar por gerações e ser passado de pai para filho;
  • pode ser um item de colecionador.

Porém ele possui algumas desvantagens:

  • sua precisão é, na prática, inferior à de um relógio a quartzo, fazendo em média +/- 10 segundos por dia;
  • sua corda dura poucos dias e o relógio para caso não seja dada corda ou caso o relógio não seja usado no pulso;
  • exige uma manutenção mais frequente e criteriosa.

Já o relógio a quartzo é uma tecnologia bem mais moderna, que entrou no mercado no final da década de 1960. Muito caro no início, passou a se tornar cada vez mais barato conforme foram desenvolvidas novas tecnologias para produzir circuitos eletrônicos em quantidades maiores. O relógio a quartzo depende de uma bateria, que alimenta um circuito eletrônico e um pequeno motor magnético de passo. O circuito possui um pequeno cristal de quartzo encapsulado (daí o nome) que vibra conforme a corrente elétrica passa por ele. A frequência de vibração constante e conhecida do cristal é contada pelo circuito eletrônico, para saber que um segundo se passou. O circuito por sua vez envia um comando para o motor magnético, que move as engrenagens e consequentemente os ponteiros. As baterias duram em média 3 anos, variando de relógio para relógio.

Suas vantagens são:

  • possibilidade de produção de um relógio de baixíssimo custo;
  • manutenção menos frequente e mais simples;
  • alta precisão (+/- 15 segundos por mês, em média);
  • maior resistência aos impactos.

Suas desvantagens são:

  • necessidade da troca de bateria de tempos em tempos;
  • produção de lixo tóxico pelo uso de um volume muito grande de baterias no mundo todo;
  • pouco valor agregado, em geral.

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